O Brasil vive um momento de
renascimento na área naval onde se pode perceber que, com a descoberta do
pré-sal, cria-se a necessidade de se retomar alguns dos segmentos navais. Para extração dessas novas reservas
de petróleo é preciso uma grande quantidade de plataformas, navios sonda, petroleiros
e navios de guerra para patrulhar a nossa costa brasileira, entre outras
embarcações. Mas como obter essa demanda, uma vez que, num período de 13 anos
de inércia na área naval e sem investimentos, os portos e estaleiros nacionais faliram
estão sucateados. Diante deste cenário
nada favorável, o governo, juntamente com a Petrobras, inicia a retomada da
indústria naval criando e reestruturando tais estaleis.
Com
isso se inicia a corrida naval. Vários estaleiros estão sendo construídos em
todo pais. Mas qual irá se sair melhor no mercado, tendo em vista ser este segmento
o que promete ser um dos mais competitivos da indústria daqui a 10 anos. Quem
irá oferecer maior infra-estrutura e qualidade de serviço. Em meio a essa briga
há dois gigantes, estaleiros que juntos irão ser responsáveis pela maior parte
da produção naval no país. De um
lado, o Atlântico Sul que utiliza a
tecnologia Samsung de outro o OSX
que faz parceria com a HYUDAI. Ambos são empresas de grande peso na área
naval que já vem disputando mercados há anos entre si. Quem sairá na frente
nessa corrida?
Em
2005, os grupos Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a PJMR Empreendimentos
formaram uma sociedade e, com o suporte tecnológico da Samsung Heavy Industries,
deram inicio ao estaleiro Atlântico Sul. Dois anos depois, a planta industrial começou
a ser construída, contando com capacidade de
processamento de 160 mil toneladas de aço/ano, 1 milhão e 620 mil metros
quadrados de terreno. Atualmente é o único estaleiro de quarta geração no
Brasil, numa escala que vai da 1ª a 5ª geração. Em maio de 2010, o
Estaleiro Atlântico Sul entrou para a história da indústria naval brasileira ao
lançar seu primeiro navio - o petroleiro Suezmax João Candido - após 13 anos
sem a produção de grandes embarcações no País.
A
OSX, com
localização no Estado do Rio de Janeiro,
tem a pretensão de ser o maior
estaleiro da América Latina. Terá capacidade de processamento 180.000
toneladas de aço por ano, capacidade de integração 220.000
toneladas por ano, com dimensões para o dique seco de 480m
(comprimento) x 130 m (largura). Cais 3.525m (2.400m na
primeira fase). A
previsão é de 3.500 empregos na fase de construção e 10.000 empregos diretos na
fase de operação. Será priorizada a contratação da mão de obra local, buscando
envolver 80% de pessoal local e regional na construção e 90% na operação.
Autor:
Yan Pontes Macedo Melo
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