sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Porto de Santos ganhará novo terminal de veículos em 2012

Porto de Santos ganhará novo terminal de veículos em 2012


O Porto de Santos ampliará sua infraestrutura para o embarque e o desembarque de veículos e cargas ro-ro no próximo ano, com a instalação de seu segundo terminal especializado nesse tipo de operação. A medida foi anunciada na manhã desta terça pelo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Correia Serra, em entrevista exclusiva a A Tribuna.
As cargas ro-ro (ou roll-on roll-off) são aquelas levadas para dentro dos navios ou retirada deles sobre “pneus” (carretas), através de pontes instaladas na lateral ou na popa (parte de trás) dos cargueiros. É por essas pontes que também ocorrem o carregamento ou o descarregamento de veículos.
O novo terminal será implantado na região de Prainha, na Margem Esquerda do Porto (Guarujá). A unidade terá uma área de 200 mil metros quadrados e 550 metros de cais acostável. Ela fica ao lado da primeira instalação do complexo especializada na operação de carros e cargas ro-ro, o Terminal de Exportação de Veículos (TEV), administrado pelo Grupo Santos Brasil, que já explora o Terminal de Contêineres, o Tecon, também em Guarujá.
A futura instalação será a terceira área do Porto onde ocorre o embarque ou o desembarque de veículos. Além do TEV, o Cais do Saboó, na Margem Direita (Santos), é utilizado para esse tipo de operação.
Inicialmente, a área de Prainha seria utilizada para a construção de um terminal de contêineres, com capacidade para operar 800 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. O empreendimento era avaliado em US$ 350 milhões e despertou o interesse de empresas como Santos Brasil e Localfrio.
Segundo o presidente da Codesp, José Roberto Serra, a mudança na destinação de Prainha se deve ao aumento da demanda por áreas para a movimentação de carros e caminhões.“Nossos terminais de contêineres têm planos de ampliação e outros, como a Embraporte a BTP (ambos em construção), vão entrar em operação e aumentar a capacidade de Santos para operar contêineres. Mas detectamos a necessidade de mais áreas para ro-ro. Por isso Prainha será destinada a esse tipo de serviço”, afirmou o executivo.
De janeiro a outubro deste ano, o cais santista movimentou 353,4 mil veículos, segundo dados da Codesp. O volume, recorde, representou um aumento de 21,4% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.
PDZ
A utilização de Prainha para o carregamento ou o descarregamento de veículos e cargas roro está prevista na nova versão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto, que deve ser aprovada pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP) no próximo ano. O PDZ é o plano diretor do complexo, determinando, entre outros fatores, que tipo de carga pode ser o perada em cada região do Porto.
A Codesp espera a aprovação do PDZ para iniciar o processo de licitação para o arrrendamento de Prainha. Tanto a sanção do plano como a concorrência devem ocorrer no próximo ano, de acordo com José Roberto Serra.
Prainha e a região de Conceiçãozinha (entre os terminais da Cutrale e da Cargill) são as duas últimas áreas portuárias em Guarujá, às margens do canal de navegação, ainda não exploradas por terminais. Ambas são ocupadas por favelas, onde moram cerca de 5 mil famílias, no total. Segundo Serra, junto com os preparativos da licitação de Prainha, a Codesp irá procurar a Prefeitura de Guarujá para planejar a retirada dos moradores da área.
 Fonte: A Tribuna 

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