Reconstrução de base deve começar em 2014 |
Brasília. A reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro, deve custar cerca de R$ 100 milhões e começar só no início de 2014, segundo o Ministério da Defesa. A estimativa foi apresentada ontem, pelo ministro Celso Amorim, numa audiência pública no Senado para discutir o futuro do Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Embora tenha dito que seria "leviano" falar em valores, Amorim citou a cifra com base no custo de estações polares construídas recentemente por outros países.
Segundo o ministro, "se tudo correr muito bem, a construção da nova base só poderá começar no verão de 2013-2014". O prazo se deve às condições da região, onde só é possível operar com navios entre novembro e abril. No dia do incêndio, Amorim estimara em nove meses o prazo de reconstrução.
O secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, almirante Marcos José Ferreira, afirmou que a primeira fase da reconstrução demandará R$ 40 milhões. Isso inclui a limpeza do sítio da estação (que se converteu em ameaça de contaminação do frágil ecossistema), o uso do navio Almirante Maximiano como estação de pesquisas (ele precisa receber laboratórios adicionais), acampamentos e o uso dos módulos de química e meteorologia, que não foram atingidos pelo fogo. Os custos não incluem a reposição de equipamentos.
Reposição
Jefferson Simões, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, estimou em R$ 10 milhões o prejuízo para cientistas. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disse que reporá as perdas.
A segunda fase, que ainda não tem estimativa orçamentária, inclui o projeto da nova estação, que precisa ser aprovado pelos 28 países-membros do Tratado da Antártida em 2013. Só então a construção pode ser iniciada. Segundo Simões, a ciência antártica não parou só por causa do incêndio. "Oito projetos estavam interrompidos por dificuldades logísticas".
A Marinha informou que pretende ouvir os pesquisadores no planejamento, desenvolvimento de projeto arquitetônico e construção de uma nova estação científica na Antártica. A promessa é do comandante da Marinha Júlio Soares de Moura Neto, que esteve na audiência no Senado.
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Fonte: Diário do Nordeste (CE) |
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